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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Reflexão Para Começar o Ano


Questão de Determinação!
A casinha de uma escola rural era aquecida por um velho e bojudo forno a carvão. Um garotinho tinha a função de ir mais cedo à escola todos os dias, para acender o fogo e aquecer o recinto antes que a professora e seus colegas chegassem.
Certa manhã, eles chegaram e encontraram a escola engolida pelas chamas. Retiraram o garotinho inconsciente do prédio em chamas, mais morto do que vivo. Tinha queimaduras profundas na parte inferior do corpo e foi levado para o hospital do município vizinho.
De seu leito, o semiconsciente e pavorosamente queimado garotinho ouviu ao longe o médico que conversava com sua mãe. O médico dizia a ela que seu filho seguramente morreria - o que na realidade, até seria melhor - pois o terrível fogo devastara a parte inferior de seu corpo.
Porém o bravo garotinho não queria morrer. Ele se convenceu de que sobreviveria. De alguma maneira, ele realmente sobreviveu. Quando o risco de morte havia passado, ele novamente ouviu o médico e sua mãe falando baixinho. A mãe foi informada de que, uma vez que o fogo destruíra tantos músculos na parte inferior de seu corpo, quase que teria sido melhor que ele tivesse morrido, já que estava condenado a ser eternamente inválido e não fazer uso algum de seus membros inferiores.
Mais uma vez o bravo garotinho tomou uma decisão. Não seria inválido. Ele andaria. Mas, infelizmente, da cintura para baixo, ele não tinha nenhuma capacidade motora. Suas pernas finas pendiam inertes, quase sem vida.
Finalmente, ele teve alta do hospital. Todos os dias sua mãe massageava suas perninhas, mas não havia sensação, controle, nada. Ainda assim, sua determinação de andar era mais forte do que nunca.
Quando ele não estava na cama, estava confinado a uma cadeira de rodas. Num dia ensolarado, sua mãe o conduziu até o quintal para tomar um pouco de ar fresco. Neste dia, ao invés de ficar sentado na cadeira, ele se jogou no chão. Arrastou-se pela grama, puxando as pernas atrás de si.
Arrastou-se até a cerca de estacas brancas que limitava o terreno. Com grande esforço, levantou-se apoiando-se na cerca. E então, estaca por estaca começou a arrastar-se ao longo da cerca, decidido a andar. Começou a fazer isso todos os dias até que um caminho se formou ao lado da cerca, e em volta de todo o quintal. Não havia nada que ele desejasse mais do que dar vidas àquelas pernas.
Finalmente, com as massagens diárias, com sua persistência de ferro e com sua resoluta determinação, ele foi capaz de ficar em pé, depois de andar mancando, e então, de andar sozinho. Mais tarde, de correr.
Começou a caminhar para a escola, depois passou a correr para a escola, e a correr, pura e simplesmente, pela alegria de correr. Na faculdade, integrou o time de corrida com obstáculos.
Depois, no Madison Square Gardem, aquele rapaz sem esperanças de sobreviver, que seguramente não andaria nunca mais, e que jamais poderia esperar correr - aquele rapaz determinado, o Dr. Glenn Cunningham, foi o corredor mais rápido do mundo na corrida de uma milha!
Você disse que tinha um problema?? ...       Se ele conseguiu, você pode!!  Com a graça de Deus!

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO!!



               Eu desejo a você um feliz ano novo! Que Deus lhe conceda os desejos do seu coração, e o proteja e guarde. Que este ano seja para você repleto de boas coisas, novos desafios, respostas à suas perguntas, e soluções para seus problemas. Que você possa sempre se lembrar do amor que Jesus tem por sua alma. Que o amor de Deus possa encher seu coração e o faça brilhar para iluminar as vidas dos que se encontrarão no seu caminho durante este ano.       Jesus te ama muito!

                                           Abraço    Marc

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Natal no SESC

Nesta sexta-feira passada, dia 10 de Dezembro, nos celebramos o Natal com os filhos e familiares dos egressos penais; um evento organizado no SESC (Sevicio Social do Comercio) pela Susipe (Superintendência do Sistema Penitenciário). Jonathan, um membro chileno da Família Internacional, recém chegado em Belém com sua família para completar a nossa equipe missionário, me acompanhou nesta festividade para reforçar a nossa presença na distribuição de brinquedos e cestas básicas e tirar fotos para documentar o nosso trabalho. Algumas pessoas notáveis da Susipe estavam presentes  no evento; tais como o Sr. Justiniano Alves Jr., superintendente da Susipe, Doutor Mauro que é o diretor do Núcleo de Reinserção Social e outros membros, também muito importantes, de vários núcleos e departamentos da instituição.

     Era tão emocionante de ver a alegria nos rostos das crianças ao receber os brinquedos tão desejados e a cara de cada  mãe  feliz com a sua cesta nos braços. Não era grande a quantidade de itens que trouxemos para este evento, pois somos apenas uma pequena equipe envolvida neste ministério, mas como disse Madre Teresa de Calcutá, somos apenas uma gota de água no oceano, mas se esta gota não estivesse ai, o oceano já não seria o mesmo. Se tivesse mais gente neste mundo fazendo o que pode a favor dos outros, o mundo seria bem diferente! Entretanto nós fizemos o melhor que podíamos e ficamos felizes por isso. 
   Ocorreu também algo que me inspirou muito. Pouco tempo antes de nos partirmos do evento, uma mulher dirigiu-se à mim e me disse: "Antes de ir embora daqui, eu queria lhe dar um abraço! Se o senhor se lembra de mim, eu estava no CRF (Centro de Re-educação Feminino) como detenta, servindo como secretària da Professora Marizângela, do setor de educação. Cumpri minha pena e eu queria lhe agradecer por tudo que você faz na prisão, de coração!" Como alguém disse, o que pode dar nunca se perde; sempre se guarda nos coração dos outros!

     Eu tenho algumas idéias de projeto bem interessantes e até emocionantes relacionado à nosso envolvimento no trabalho à favor dos detentos nas casas penais, e se Deus quiser, estarão postas em execução neste próximo ano de 2011 e os farei conhecer assim que estiverem em ação.
   
Os brinquedos que recebimos em doação vieram de nosso fiel amigo Jucimar, da Casa do Papel, e as cestas foram patrocinadas por João Moraes, de Doc Brasil. Agradecemos a participação deles neste projeto e sabemos que Deus os abençoarà por isso.

                         Eu, com com o Sr Justiniano Alves Jr e Dr Mauro, do Nucleo de Inserção Social
                                         As crianças, felizes da vida, receberam seus brinquedos!
                                     Jonathan (chileno) fez esta criança feliz com umas pipoquinhas.
                    Mamaes felizes receberam a tão desejada e necessària cesta, e brinquedos para seus filinhos


                            A minha amiga egressa voltou a vida social normal e merecida. Um final feliz!
                                     
  Aqui estão as fotos que tiramos. Espero que inspirem você.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

De Volta à Macapá

Três meses passaram desde a última visita à Macapá; só que desta vez, Marcos,o filho mais novo (17 anos) de Lucas, me acompanhou. Deus nos abençoou com bons frutos no nosso trabalho missionário. Apesar do mal-estar (devido à Asma) que Marcos sofreu durante a viajem de navio na ida, O Senhor o fortaleceu logo na chegada, e nos chegamos até a nos divertir trabalhando.
Visitamos uma mulher jovem, gerente de uma loja de produtos importados, que eu conhecera na prévia visita. Conversamos sobre o mau relacionamento que ela tinha com o pai da sua filha de 12 anos. Eu lhe sugeri a boa idéia aprender a perdoar o mal que seu ex-marido lhe fizera; que seria para ela uma grande libertação do peso que ela carrega no seu coração por vários anos, provocando raises de amargura que talvez não quisesse reconhecer, e para sua filha, traria uma grande felicidade, vendo e sentindo harmonia entre seus amados pais.
Esta pessoa chegou a reconhecer a voz da razão e declarou que era a segunda vez que eu a visitava e que as duas vezes,eu estava sendo um mensageiro de Deus. Ela disse: "Na noite antes do mesmo dia que encontrei você, Deus me disse num sonho que ia me enviar alguém para me dar as respostas às profundas perguntas que eu tinha na minha mente e no meu coração! E desta vez, novamente, você me falou o que eu precisava ouvir!"
Distribuímos uma grande quantidade de nosso material evangelístico e ministramos à bom número de pessoas e amigos. Os nossos calendários devocionais foram novamente um sucesso e algumas pessoas adquiriram boa quantidade deles. Os nossos CDs –cartões de Natal foram uma grande inspiração para os que os adquiriram, levando, através das lindas e alegres músicas e palavras, a mensagem original do primeiro Natal, ou seja o nascimento de nosso querido Jesus, que veio na Terra para trazer paz e salvação à todos os que O receberiam na suas vidas.
Também visitamos a nossa querida amiga Nilceia. Conheci Nilceia quase três anos atrás, quando fui à Macapá com o meu colega André, um missionário norte-amricano. . Nós a encontramos ao lugar do seu emprego e ministramos para ela o que conhecemos da Palavra sobre um assunto pessoal que a deixava perplexa e triste. Desde então,a vida dela mudou; ela começou a sentir mais o amor que Deus tem por ela e se tornou uma parte importante da gente e oramos regularmente por ela e sua pequena família. (ver foto no poste “Viagem à Caiena”)
Antes de partir de Macapá, nós fomos dar uma volta pelo Marco Zero, a linha imaginária do equador, dividindo os hemisférios norte e sul de nosso planeta e tiramos algumas fotos comemorativas de nossa viagem. Espero que este pequeno testemunho inspire você que toma o tempo de visitar este blog.

domingo, 14 de novembro de 2010

Viagem à Cametá

Este mês de Novembro, fui a Cametá, uma pequena cidade a cerca de 5 horas de viagem de Belém, a nossa linda capital paraense. Cametá foi, antigamente, uma colônia francesa, e a presença deste mesmo povo influenciou até o falar dos habitantes da cidade, ou pelo menos, é isso que diz a lenda dos anos passados.
A viagem à Cametá é uma aventura e tanto. Durante as duas primeiras horas de ônibus, pode admirar a beleza da vegetação amazônica, passando por três pontes cruzando rios de tamanho surpreendente, uma dessas pontes sendo a recente alça viária,  suspendida que dá uma vista deslumbrante sobre o rio Guamá.     
 Depois dessas quase duas horas de muita sacudidas na estrada danificada, a primeira balsa nos leva à travessia de outro rio, e 20 a 30 minutos depois, a segunda balsa nos leva ao outro lado de outro rio.  





Finalmente, chegamos à uma aldeia na beira de outro rio, chamado rio Jiberí, um braço do rio Tocantins, onde uma lancha nos espera para uma travessia de uma hora, ou um pouco mais, até chegar à cidade de Cametá.  


 
 Esta visita na cidade não foi a primeira, pois estive lá repetidas vezes anteriormente e levei até là três das minhas filhas amadas para me acompanhar nas minhas jornadas missionárias e cheguei a conhecer bom número de pessoas que com a freqüência das minhas visitas, se tornaram fieis amigos. As pessoas de Cametá são receptivas à Palavra e são pessoas que, acredito, amam a Deus, e  a maioria são muito gratas pela mensagem que levo na cidade. O matérial evangelístico que apresento nas minhas vendas é muito apreciado pois tem um conteúdo espiritualmente muito rico e desvela verdades profundas que, ao assimilá-las, oferecem um relacionamento mais pessoal com Deus. Certas pessoas em Cametá sempre adquirem alguns itens, tanto para seu próprio bem como para apoiar o meu trabalho missionário.
 
    O colégio de freiras de Cametá muitas vezes adquire o meu material e o está usando para a educação de seus alunos. (foto abaixo: com as coordenadoras do colégio  que compraram 2 kits de ensino infantil, um de memorização de versículos bíblicos e um de vocabulário cristão na língua inglesa  


                                      

Alguns outros amigos de Cametá que apreciam o nosso material: (Esq p/ dir.) Neto e esposa (Mat. Constr.), pessoal do Recanto Verde, Zeca do Telecenter




                                            Vista da sacada do meu hotel  (2°andar)   

                                                                                   

Quero agradecer todos os amigos que apoiaram o meu trabalho missionário, comprando meus livros e calendários. Não daria para citá-los todos, mas oro que este material possa ser uma grande benção em suas vidas e que Deus os abençoe com um melhor relacionamento com Ele e os guarde. Até a próxima visita!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Divertindo-se no presìdio

Dia das Crianças no Centro de Recuperação Feminino - Ananindeua

Nos fomos convidados a participar do dia das crianças no presidio feminino pela segunda vez desde que nosso ministério de visita começou, em Maio do ano passado. Graças ao apoio de vàrios amigos, Rozane (Inoxbel) e Mauricio (Fortfruit), conseguimos a arrecadar os fondos para comprar 40 brinquedos. Jucimar (Comércio Amazônia) também doou mas uma quantidade de brinquedos. Martha (cabelereira) patrocinou os 25 garrafas de refrigerante, Geraldo  comércio progresso) supriu os descartàveis, Marcelo (Belém Importado) fez outra doação para suprir o que for preciso para o evento, e André (Terraço Eventtos) mandou confeitar dois lindos e gostosos bolos. Obrigado a todos! Esta festa não teria sido tãn alegre e divertida se não fosse pela sua amavel participação.
Nos oferecemos um show de fantoches e fizemos algumas brincadeirinhas, nas quais as mamaes também se divertiram para valer. Apesar de as crianças serem poucas no nosso anexo, tivemos um lindo tempo com ambos maes e filhos que pouco se vém e foi tão doce vê-los desfrutar destes momentos juntos num dia tão especial. Sei que nunca se esquecerão que neste dia, Deus lhes mostrou Seu amor, grande e incondicional.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

As fotos abaixo estão na ordem cronologica dos eventos descritos no relato da viagem.







1a Viagem Missionaria em Caiena, Guiana Francesa


A minha viagem missionária à Caiena, Guiana Francesa
     Nesta Terça feira 14 de Setembro, embarquei no Coronel José Júlio, um barco de ferro de tamanho médio, em direção à Macapá, estado do Amapá.  A viagem tem uma média de duração de 26 horas. As paisagens deslumbrantes da Amazônia cativam a atenção dos viajantes que nunca se esquecerão dos clichês visuais capturados pela memória. Aproveitando da viagem, comecei a distribuir panfletos a muitas pessoas que se encontravam no barco. A mensagem trata-se de Deus oferecendo ao leitor a oportunidade de receber Seu filho Jesus a entrar na sua vida. Logo depois, uma senhora veio a mim para me agradecer pela mensagem que lhe tinha tocado o coração. Ela se emocionou enquanto me contava as provas que estava passando e a difícil escolha que tinha que fazer na sua vida. Eu a convidei a orar comigo para receber Jesus no seu coração, o que ela fez sem hesitação. Esta foi a primeira alma que ganhei para Jesus nesta viagem. 
     Macapá se encontra na linha do equador e, portanto, tem um clima equatorial, seis meses de verão, ou seja  pouca chuva e muito calor, e seis meses de inverno, com chuvas mais freqüente, curtas e muito fortes. Na saída da cidade se encontra o monumento da linha imaginária que separa os hemisférios norte e o sul, visitados por milhares de pessoas vindo de todos os cantos do mundo.
     Eu viajo à Macapá aproximadamente duas vezes por ano desde Novembro de 2001, tendo levado alternativamente comigo sete diferentes ajudantes e até hoje, conheço muitas pessoas que regularmente adquirem o nosso material evangelístico. Muitos cristãos, de várias denominações religiosas, sempre me recebem com alegria, pois o tipo de material que produzimos e oferecemos não é comum e é procurado e apreciado como ferramenta valiosa para ajudar a desenvolver um relacionamento mais íntimo  com Jesus Cristo.
 No mesmo dia em que eu cheguei à Macapá, peguei o ônibus da empresa Amazontur às 19 horas para Oiapoque, a pequena cidade-fronteira com a Guiana Francesa. Por muitos anos, a estrada que leva a Oiapoque tem sido em péssimo estado, provocando atolamentos de muitos veículos que por ali circulam e pondo em perigo as vidas dos viajantes, devido aos deslizamentos dos próprios veículos e assaltos aos passageiros. Hoje, aproximadamente 60 por cento do caminho é asfaltado e isto facilita o trânsito; restam só uns 170 quilômetros a ser restaurados para que a estrada seja praticável para todos os tipos de transportes. Entretanto, a paisagem florestal da  estrada de Macapá à Oiapoque é um show de beleza natural. O estado do Amapá possui uma riqueza deslumbrante de flora e fauna, devido às leis de conservação e proteção do meio-ambiente mais estritas da região amazônica.
     Cheguei às 7h30 da manhã à Oiapoque, cansado e desgastado por uma noite quase sem dormir. A visita à polícia federal é imperativa para carimbar o passaporte antes de sair do Brasil. Bem que eu tenha um visto permanente, explicou o oficial, se eu saísse do país por mais de dois anos, eu perderia meu direito de permanência. Portanto é necessário carimbar o meu passaporte antes de entrar na Guiana.
Depois de cambiar os meus poucos Reais em Euros, embarquei na “voadeira”, uma pequena embarcação metálica motorizada, num passeio de 15 a 20 minutos no rio Oiapoque. Na travessia, se podem admirar os dois pilares da futura ponte que conectará o Brasil à Guiana Francesa, um majestoso pilar de cada lado; muito impressionante! (ver clipe)

Atracamos finalmente em Saint George de l’Oiapoque, onde uma van me esperava, junto aos outros viajantes em direção a Caiena. Em três horas de viajem numa estrada serpenteada, chegamos à Caiena sob o sol escaldante, no calor de uma hora da tarde. Aonde ir? Onde passarei a noite? Neste momento começava a verdadeira aventura! Nesta viagem, a minha fé ia ser provada!  
Chegar numa cidade francesa desconhecida com o valor de 50 Euros é um desafio e tanto para um missionário! Eu não conhecia absolutamente ninguém; nem tinha suficiente dinheiro para pagar um quarto de hotel, por tão simples e humilde que seja; eu estava carregado com duas bolsas pesadíssimas num carrinho com a alça dobrada pelo peso, num calor quase insuportável. Mas eu sabia que precisava de uma situação impossível para Deus fazer um milagre. E foi isso que aconteceu! Quando estava na van que me levava, perguntei ao meu vizinho passageiro, que era brasileiro, onde eu podia achar
uma igreja que pudesse me receber e possivelmente me alojar, ainda que seja por uma noite só. Ele me deu algumas indicações de bairros onde eu poderia encontrar seus conterrâneos e a área onde estava situada a conhecida Assemblée de Dieu (Assembléia de Deus). Graças a Deus, uma congregação Pioneira se encontrava a cinco minutos a pé do lugar onde a van me deixara. Mas como para provar a minha fé, aquela igreja estava fechada e eu estava ainda aparentemente na mesma situação. De repente Deus, na Sua grande misericórdia, me impulsionou a andar um pouquinho mais para frente, onde ia encontrar alguém que podia me auxiliar. De fato, uma mulher estava conversando na calçada com outra pessoa na rua e o carro dela estava estacionado por perto. Pelo jeito dela, parecia ser parte de alguma igreja evangélica, então perguntei à outra mulher que estava dentro do carro, acompanhada de uma criança, se ela sabia onde eu poderia achar o pessoal daquela igreja. Foi então que a dona do carro voltou e vendo a necessidade, ofereceu de me levar à outra igreja, onde eu poderia encontrar o Pastor ou a esposa dele e obter a ajuda deles. Esta mesma noite, invés de um lugar confortável e aconchegante, eu ia passar a noite em um dos lugares mais simples e precários que já estive na minha vida. Mas ali, neste ninho de pobreza, a minha segunda alma nesta viagem foi salva! O homem que me hospedava estava rodeado de duas famílias de imigrantes da Guiana Inglesa, morando num outro barraco no mesmo terreno, cheio de entulho e infestado de ratos correndo acima dos forros durante a noite. Sem torneira nenhuma, qualquer uso de água implicava uma volta da casa para pegar do poço a quantidade  necessária. Uma das crianças, um rapazinho de 10 anos, filho de um dos vizinhos, estava  conversando comigo e com um coração puro e mais que receptivo, convidou Jesus para entrar no seu coração.
     A noite seguinte, eu estava visitando a igreja para tentar de conhecer mais cristãos, na esperança de que um dos membros me acolhesse na sua casa, quando encontrei Patrick, um dos poucos, para não dizer raros, franceses verdadeiramente cristãos. Eu lhe expliquei a minha situação, que eu precisava urgentemente achar um lugar mais decente para permanecer uns três ou quatro dias com as comodidades de um bom banho, uma certa segurança e a possibilidade de lavar as minhas roupas. Foi então que ele me apresentou à Samuel, um solteiro da igreja que morava só num kitchenet, ao primeiro andar de um prédio rachado, perto do centro da cidade. Samuel concordou em me receber por três noite. Isto, senti, era o amor e a grande misericórdia de Deus! Maquina de lavar roupas, ferro de passar, televisão plasma, internet com wi-fi, que ia me permitir de entrar em contato com meus amados de Belém; enfim, mais do que podia se esperar! Os pais de Samuel moravam no mesmo prédio, no quarto andar, e me receberam  amavelmente para almoçar e fizemos boas amizades. Samuel é uma pessoa de bom coração e sem a hospitalidade dele, eu não sei onde eu ia parar. Eu agradeço o Senhor por Sua fidelidade e cuidado por colocar pessoas como ele no meu caminho.
Os nossos calendários devocionais tiveram  o maior sucesso! Todas as pessoas à quem eu mostrava este nosso material cristão se maravilhavam e me pediam de retornar outra vez com os mesmos itens, só que em francês! Duas livrarias se interessaram muito em revender os calendários, principalmente, dando elogios sobre a qualidade e a apresentação do material.
Na Quarta feira, 22 de Setembro, já havia encontrado muita gente, feito vários contatos e muitas amizades, deixado o testemunho de que um missionário de A Família Internacional havia passado em Caiena, e senti que era tempo de ir à Macapà antes de voltar para Belém. Deus já tinha preparado o caminho, pois um irmão na fé, membro da Assembléia de Deus, estava disposto à me levar, junto de Paulo, um simpático pregador português, de camionete até Saint George. Na minha mente carnal, as coisas não tinham se desenvolvido exatamente como eu havia imaginado, mas eu me sentia abençoado por ter tido a oportunidade de visitar Caiena pela primeira vez e ter divulgado o nosso maravilhoso material, e me prometi, se Deus quiser, de voltar quando puder, com literatura na língua francesa.
A volta para Macapá foi outro milagre, começando com essa carona grátis. Quando chegamos em Saint George, a voadeira já estava pronta para nos levar nas águas do rio Oiapoque até a pequena cidade brasileira do outro lado da fronteira. Desta vez
aproveitei para filmar esta ponte; bem, pelo menos os pilares construídos de cada lado do rio (ver clipe).
Um outro milagre estava à nossa espera; um motorista daquela camionetes 4X4 que fazem a “navette” (idas e voltas) entre Oiapoque e Macapá. O meu desejo inicial era de viajar a noite de ônibus e chegar à Macapá de manhã, mas o meu companheiro de viagem português, bom “pechinchador”, fez questão de me convidar a viajar juntos pelo preço de 80 Reais cada, invés do “estabelecido” preço de 120 Reais. Isto cobria o preço do ônibus de 65 Reais, mais o taxi que me levaria da rodoviária até o hotel; só que levamos sete horas e meia, invés das 13 horas de ônibus.  
A viagem de Oiapoque à Macapá é uma das coisas mais emocionante para um aventureiro! O nosso motorista era obviamente muito familiar com os muitos buracos e perigos da estrada. Ele tinha percorrido este trajeto por anos e se permitia de dirigir em certos trechos na velocidade de 120 quilômetros por hora, e 140 na pista asfaltada! Isto é que se chama perigo! Deus é verdadeiramente fiel em nos proteger quando corremos riscos fora da nossa vontade, ou seja, sem ser de propósito!  Ás 19h30, depois de muitas sacudidas e poeira, alcançamos  Macapá, felizes e cansados. A camionete me deixou no hotel onde sempre paro quando viajo ali. As minhas bolsas ainda estavam bem pesadas com muito material que não tinha sido distribuído. Então não foi sem grandes esforços físicos que transportei as bolsas até o meu quarto, no andar superior do hotel. Eu tinha então que passar uma boa noite de descanso para estar pronto para os milagres estonteantes que Deus ia fazer no dia seguinte.
Quando acordei de manhã, já pensava em uma pessoa que eu sabia que precisava da minha visita, a nossa amada Nilceia! Uma amiga muito querida que conheci dois anos atrás. Desde então, nos encontramos cada vez que viajo à Macapá, nos contamos as nossas vidas e as coisas que Deus faz ou permite nas nossa existência. Nós, aqui em Belém, a consideramos como uma irmã na fé e oramos regularmente por ela. 
     Nilceia passou por muitas dificuldades depois no nascimento da sua segunda filhinha que teve que ser operada por causa de atrofiamento do estômago. Outras áreas de sua vida também precisavam e ainda precisam de muitas orações. Mas graças à Deus, Graziela já está bem melhor e é um amor de bebê! Um verdadeiro presente do Céu, diretamente da mão de Deus! Visitei também a nossas queridas Vilma, Neici, Rosa, que sempre adquiram o nosso material com muita alegria, isso sendo também um tremendo apoio para a nossa missão local de Belém. Andrea, a dona do restaurante Goiano, que por pelo menos dois anos tem nos sustentado com almoços deliciosos, se mostrou fiel e leal e me deu seu apoio mais uma vez, (na verdade, duas vezes!) Que Deus abençoe todas essas pessoas sem quem o nosso trabalho missionário não teria o desempenho que tem. Deus, com certeza, se lembrará delas e de seus esforços amorosos. 
Apesar do pouco de tempo que eu dispunha para financeiramente compensar esta longa viagem, Deus é fiel e poderoso para cumprir as Suas promessas de provisão e suprimento  e Ele mostrou este poder de forma maravilhosa. Em apenas dois dias, Ele abriu portas que me permitiram de distribuir a quantidade de literatura que normalmente levaria cinco a seis dias de trabalho duro. Glória ao Seu nome! 
     Finalmente, este Domingo, 26 de Setembro, A hora de voltar para casa estava á porta. Eu precisava falar com o gerente do hotel onde eu tinha ficado durante esses três dias, Sr Walter, antes que seja tarde demais para pegar o navio de volta para Belém. Eu precisava pedir-lhe o favor de uma cortesia para a minha estadia, pois acima do custo da passagem de barco,  as despesas seriam muito pesadas para mim. Graças à Deus, depois de ter orado e ter-me esforçado para confiar no Senhor, o homem chegou e, Deus o abençoe, ele concordou, e deu a cortesia. Isto foi outro milagre de provisão e o carimbo de aprovação para a minha volta. Isto e mais outro. Quando cheguei ao porto de Santana, onde o navio esperava seus passageiros, o gerente do barco, que me conhecia de precedentes viagens, me deu um desconto de cinqüenta por cento, o que foi um alívio e uma grande alegria. Na viagem de volta à Belém, distribui uns 150 panfletos que foram muito bem recebidos e lidos com muito carinho.
Em 26 horas, eu estava finalmente chegando em Belém. Eu estava em casa.  
      Eu quero agradecer  as poucas pessoas que me ajudaram especificamente a arcar com as despesas da ida desta viagem.  Sr Barata (Casa Koly), Sérgio (Super Frutas), Armando Morikawa (Ceasa) e Alexandre Vieira (Ceasa). Que Deus os abençoe!